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Medicamento Negado pelo Plano de Saúde: Saiba o que Fazer para Garantir seu Tratamento

Medicamento Negado pelo Plano de Saúde: Saiba o que Fazer para Garantir seu Tratamento

Introdução

Ter um medicamento negado pelo plano de saúde pode gerar desespero, principalmente quando se trata de um tratamento essencial à vida ou à qualidade de vida do paciente. Infelizmente, esse tipo de recusa ainda é comum no Brasil, mesmo com leis que garantem o acesso à saúde. Neste artigo, vamos mostrar o que você pode fazer caso isso aconteça, quais são os seus direitos, e como um advogado especializado pode ajudar você a conseguir o medicamento — muitas vezes de forma rápida, por meio de liminar.

Fale agora com a nossa equipe especializada e entenda como garantir seus direitos para obter um medicamento de alto custo.

1. Por que os planos de saúde negam medicamentos?

As operadoras de saúde costumam alegar alguns dos seguintes motivos para negar o fornecimento de medicamentos:

  • O medicamento não está no Rol de Procedimentos da ANS;
  • É considerado experimental ou off-label (fora da bula);
  • O contrato não prevê cobertura para medicamentos domiciliares ou de uso oral;
  • Falta de documentação adequada enviada pelo médico ou paciente.

Apesar dessas justificativas, muitas dessas negativas são abusivas e podem ser contestadas judicialmente, especialmente quando há prescrição médica clara indicando a necessidade do remédio.

2. O que diz a legislação sobre o fornecimento de medicamentos?

De acordo com a Lei nº 9.656/98 e o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o plano de saúde não pode se sobrepor à indicação médica. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que, mesmo que o medicamento não esteja listado no rol da ANS, a operadora deve fornecer o tratamento, desde que haja prescrição médica e o medicamento seja aprovado pela Anvisa.

Além disso, o STJ firmou jurisprudência no sentido de que o rol da ANS é apenas exemplificativo — ou seja, não limita os direitos dos pacientes. Portanto, negar medicamento essencial com base nessa lista pode ser considerado prática abusiva.

3. Casos em que a Justiça tem garantido o fornecimento

Há milhares de decisões judiciais no Brasil em que os planos foram obrigados a fornecer medicamentos de alto custo, imunobiológicos, remédios importados ou até mesmo tratamentos alternativos não convencionais. Casos comuns incluem:

  • Pacientes com câncer que precisam de quimioterapia oral negada pelo plano;
  • Pacientes com doenças autoimunes que necessitam de imunobiológicos caros;
  • Medicamentos off-label com comprovação científica e prescrição médica;
  • Recusas com base apenas na ausência do medicamento na lista da ANS.

Nesses casos, o Judiciário tem sido favorável aos pacientes, inclusive concedendo liminares em menos de 72h para garantir a continuidade do tratamento.

4. Quais documentos são necessários para recorrer?

Se o seu plano de saúde negou um medicamento essencial, reúna o quanto antes os seguintes documentos:

  • Prescrição médica detalhada, com justificativa técnica do medicamento;
  • Laudos e exames que comprovem o diagnóstico e a urgência;
  • Negativa por escrito da operadora (ou protocolo de atendimento);
  • Contrato do plano de saúde (ou número de registro na ANS);
  • Documentos pessoais do paciente.

Com esse material em mãos, um advogado pode elaborar uma petição inicial e pedir uma liminar para que a Justiça obrigue o plano a fornecer o medicamento imediatamente.

5. O que é uma liminar e como funciona?

A liminar é uma decisão provisória concedida em caráter de urgência, geralmente no início do processo judicial. Em casos de medicamentos negados, ela costuma ser essencial para garantir que o paciente não sofra agravos em sua saúde durante a tramitação da ação.

O juiz, ao analisar os documentos apresentados e a urgência do caso, pode determinar que o plano forneça o medicamento imediatamente, sob pena de multa diária. Muitas vezes, essa liminar é concedida em 24 a 72 horas após a entrada da ação.

6. Posso pedir indenização além do medicamento?

Sim. Quando a negativa causa danos físicos, emocionais ou coloca a vida do paciente em risco, é possível solicitar indenização por danos morais. O valor vai depender da gravidade do caso, mas já houve decisões judiciais com indenizações de R$ 10 mil a R$ 50 mil.

Além disso, o paciente também pode pleitear a devolução de valores pagos por medicamentos comprados por conta própria enquanto aguardava o fornecimento.

7. E se o medicamento for importado ou muito caro?

Mesmo medicamentos de alto custo, como imunoterapias ou remédios importados, podem ser fornecidos por determinação judicial. O importante é que:

  • Haja prescrição médica clara e fundamentada;
  • O medicamento seja registrado ou autorizado pela Anvisa (mesmo que em caráter excepcional);
  • O tratamento seja considerado necessário e não existam alternativas adequadas disponíveis na rede credenciada.

Nesses casos, a Justiça costuma entender que o direito à vida e à saúde deve prevalecer sobre cláusulas contratuais ou questões burocráticas.

8. Como a Freitas & Trigueiro pode ajudar?

O escritório Freitas & Trigueiro é especializado em Direito à Saúde e tem ampla experiência em ações contra planos que negam medicamentos. Atuamos de forma ágil, buscando liminares que garantam o fornecimento imediato do tratamento e acompanhamos o processo até a vitória final, incluindo pedidos de indenização quando cabível.

Nossa equipe conhece as estratégias mais eficazes, está atualizada com as decisões mais recentes da Justiça e oferece suporte jurídico completo para você ter o tratamento que merece com tranquilidade e segurança.

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Conclusão

Se o seu plano de saúde negou o fornecimento de um medicamento essencial, não aceite passivamente essa decisão. O Judiciário brasileiro tem protegido o direito dos pacientes e, com o suporte de uma equipe jurídica especializada, é possível garantir seu tratamento rapidamente por meio de liminar. Reúna os documentos necessários e entre em contato com um advogado para defender seu direito à saúde.

Está enfrentando a negativa de um medicamento importante? Fale agora com a Freitas & Trigueiro Sociedade de Advogados e receba orientação personalizada para garantir seu tratamento com rapidez e segurança.

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